quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O pão de hoje


Como é bom falar com as pessoas que a gente gosta e que a gente sabe que gostam da gente.
Não tem idade, cor, tamanho e religião prá atrapalhar. Que belezinha. Tive uma conversa dessas hoje com a Fê.

A gente combina sem combinar que vamos falar do que nos aflige. Daqui a pouco a gente tá falando das coisas que gosta e tudo vai ficando mais claro.

Eu sou daquelas pessoas que conforme vai falando vai entendo o que pensa, e quando falo com gente que gosto, eu me entendo ainda mais.

Como não tenho que aparecer mais, provar mais, acabo desfrutando mais também.

Quem me dera conhecer muitas, muitas pessoas dessa espécie gostante.
Eu sei que a espécie aterrorizante também ensina, que um bom amigo também nos mete verdades bem no meio da cara, e ainda bem que seja assim. Mas depois de passado o susto do terror ou da verdade, o que fica é a certeza de onde vem o impacto: da afeição, do zelo ou de um zé que ninguém pariu.



quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

UPA UPA


Quem consegue falar com cavalos?
ô bicho ressabiado.

Esse da foto que atende por malhado
não fez amizade comigo, nem facilitou.

Só atendeu minha mãe, D Dita, que sabe andar a cavalo desde sempre.
Então como o Biriba, o outro cavalo que tava lá também, me atendeu,
obedeceu tudo direitinho?

Esses bichos têm quereres, poderes e saberes.
Nascem, crescem e morrem com o mesmo temperamento.

Claro, são domesticáveis, mas só até aquele ponto onde eles querem.
Admiráveis cavalinhos!

NEM FA NEM FU



Opinião é uma coisa boa de dar pros outros, mas difícil de segurar com a gente.


Eu vivo caindo nessa ladeira, um dia me aprumo, ou não... sabe como é, se a gente fizer muito esforço prá mudar vira o Coisa.


Então, seguindo por aí topei com três idéias que se apresentaram como irmãs pra mim, quais sejam: ter opinião e não dar, ter opinião e dar ou não ter opinião e muito menos dar.

Acho que a primeira e a última opção acaba dando na mesma, OU MELHOR NÃO DANDO EM NADA ou ainda, quem poderá saber?


Eu tenho uma colega da qual não consigo saber nem sua cor preferida.

Ela simplesmente não tem assuntos pessoais, preferências marcantes, time de futebol e essas coisinhas frugais que a maioria tem. É de uma descrição que não se encontra nem nos salões mais nobres, se é que ainda exista algum. Opinião é ao que parece, coisa de gente menor e eu me sinto pequininha perto dela.


Qualquer coisa que se diga perto dela vira fumaça; ela inclusive tem o dom de desbancar a opinião alheia, estava eu dizendo dias desses sobre as férias que estavam próximas e, que na volta eu gostaria que o relógio do mundo estivesse adiantado ao tempo da aposentadoria, ao que ela respondeu - ah, eu ainda tenho quatorze anos e nem quero pensar nisso.

Vamo lá gente, afinal, ela gostaria de parar de trabalhar ou não?

****

Vi uma palestra do Renato Janine Ribeiro sobre quanto tempo a gente passa trabalhando, até quanto tempo a gente vai ter que trabalhar, por conta da nova aposentadoria e da velhice que se estende. Ele falou também de outras soluções, como trabalhar menos dias por semana - que eu adorei - e de investimentos em setores de recreação e artes, prá gente ter uma vida mais legalzinha.

Ah, se isso desse certo !
É realmente uma pena, mas acho que a gente vai mesmo é trabalhar mais, bem melhor nem pensar nisso....será?