sábado, 16 de maio de 2009

NOSSA QUE SURPRESA BOA!


Estava eu na espera da consulta médica e entabulei uma conversa com uma senhorinha na mesma situação.
Era o posto de atendimento do Iansp, lugar simples mas limpinho, como dizem por aí.
Papo vai papo vem, a senhorinha apresentou-se evangélica e eu já esperava o pior.
Mas num é que fui surpreendida por uma senhora que já foi empregada doméstica, cozinheira de salgadinhos e, falando com todas as concordâncias perfeitas mostrou-se como uma das mais sensatas pessoas que já conversei. Um luxo.
Ela contou que um irmão foi abandonado pela esposa e filhos quando ficou doente. Uma outra irmã solteira, cuidou até ficar doente também. Foi aí que ela entrou na história e obrigou, depois de muita espera e promessas, a esposa e os filhos a cuidarem do irmão.
Isso lhe causou um abalo emocional muito grande.
Ela disse que ficou depressiva e demorou para se restabelecer.
Disse que tomar uma atitude como a dela, essa de mandar quem pariu Mateus que o embale, é difícil demais numa sociedade onde todo mundo deixa tudo prá lá, ninguém nunca tem nada a ver com isso, mesmo quando o isso é seu pai ou seu filho, ou um amigo estimado.
Fiquei fã dela, e ela ainda por cima tem um sorriso lindo, um sotaque mineiro, um jeito moderno de ser, mesmo com o cabelo preso num coque.
Também sou fã do Dr Segalla, ele faz um trabalho de primeira, atende bem todo mundo, a consulta dura quanto tempo for preciso e não sei se foi coincidência, mas todas as vezes em que estive com ele, ele estava de bom humor.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

ANDANDO POR AÍ


A última conversa que tive com alguém sobre como viver melhor, foi há tempos.
Essa história de ficar conversando sobre isso, me faz perceber que falo sempre sobre as mesmas coisas e não mudo nada.
Decidi parar de conversar e sair a campo.
Eta mundão véio sem porteira, esse que gira aí gente!
É coisa e pessoa que num acaba mais.
To percebendo que to entrando no mundo e o mundo tá entrando em mim.
Tem coisa e gente que entra meio atravessado, outros entram mansinho que nem percebo, a hora que dou conta já tão dentro, afofando o travesseiro.
E os que entram atravessado não se acomodam fácil, ficam pulando que nem perereca gelada gosmenta, ui, nojinho!
Acho que to ficando grande e pequena tudo ao mesmo tempo.