quarta-feira, 9 de setembro de 2009

OS PAIS E MÃES QUE A GENTE ESCOLHE



Felizmente o mundo tá cheio de pais e mães pelo menos intelectuais e/ou espirituais.

Gosto do jeito como o Flávio Gikovate explica as coisas da vida; também da Teresa Robles, John Bradshaw e ano passado vi uma palestra bastante interessante e intrigante do Ricardo Goldenberg.
O Ricardo falou sobre corrupção: a corrupção dos corpos, pelo tempo e a corrupção da alma.
Ele disse que a palavra incorruptível não tem uma etimologia confiável, uma vez que ela passou a ser usada por Paulo, o apóstolo, como indicativo de um estado de espírito a ser alcançado para a nossa salvação.

Entendi que todos nós somos corruptos em maior ou menor grau e buscar a santidade é tão louco quanto sair ferrando geral.

É doido pensar assim, pelo menos prá mim. Imagine que qualquer benefício ao qual tenhamos acesso, como o dinheiro, elogios, presentes de todo tipo venham esporadicamente de pessoas que possam obter vantagem em troca do objeto oferecido; ainda que seja para estreitar os laços, não é um ponto sem nó.

Me lembrei agora do pianista Nelson Freire. Ele sempre escapa das entrevistas e, num documentário sobre ele, alguém pergunta qual o motivo da esquiva, ao qual ele responde que o que importa é a música, o resto (ou seja, ele) ....
Convenhamos que se ele aceitou o documentário, ele não é tão esquivo assim.

Ouvi também o Flávio Gikovate dizendo que o pessoal que ganha o prêmio Nobel, em geral vai trabalhar no outro dia.

Um exemplo engraçado que o Ricardo Goldenberg deu sobre esse estado de espírito embuído das melhores intenções progressistas humanitárias, incorruptíveis e que (e)elevariam as nações, foi o caso do Che.
Ele gostaria de saber se o Che foi perguntar pras pessoas as quais ele se propunha a resgatar, se elas todas queriam ser salvas e por ele.






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